LIÇÕES QUE APRENDI VIVENDO NA ÁUSTRIA
Viver numa cidadezinha pequena chamada Mank no interior da Áustria numa época em que as redes sociais não existiam foi uma experiência maravilhosa e por isso quero compartilhar com você algumas destas lições profundas ()pelo menos pra mim) que aprendi.
1- Morei na Áustria, um lugar simplesmente maravilhoso! Neste tempo pudemos (eu e Carine) estar bem próximos do Ruben e sua família (em outro momento conto um pouco desta relação e de experiências que tivemos juntos), também conhecemos grande parte da Europa, participamos do frio extremo com temperaturas muito negativas e neve, porém estações bem definidas e uma beleza surreal.
Tive grandes aprendizados vivendo na Áustria e se você quer superar os desafios da sua vida, então preste atenção nestas 3 lições que aprendi:
2- Beziehungen | Relacionamentos
Num lugar muito frio é comum a falta de relacionamentos, o isolamento, o distanciamento, a falta de disposição para estar com o outro. Como na Áustria apenas 3 meses no ano temos temperaturas consideradas quentes, sendo o restante frio ou muito frio.
Isso é uma grande verdade em nossa vida, pois nos invernos que passamos (esse inverno pode se considerar a escassez, o problema, a perda, a dor, o medo, a luta), geralmente estas situações servem de argumentos pra nos distanciarmos das pessoas que realmente vale a pena estar proximo. Então, não se afaste por causa do inverno.
3- keinen Gott | Não viva de aparência
Era muito comum andarmos por rodovias e estradas e encontrarmos estas palavras estampadas em outdoors ou cartazes, muito mais comum ainda era conversarmos com pessoas que pronunciavam isso. Esta é uma expresão em alemão que siginifica: "não existe Deus".
A primeira lição que aprendi é sobre fé, pois nem sempre a linda aparência e a aparente perfeição quer dizer que tudo está legal, pois o indídice de suicídio e depressão era extremamente alto, muito comum pessoas velhas morrerem sozinhas em suas casas e só serem percebidas por causa do cheiro forte de decomposição. Cuidado, e não tenha uma vida de aparências.
4- Gutes Leben | Vida boa
Algo fantástico na Àustria, é que não existiam austríacos morando na rua ou necessitados, pois o governo proporcionava total apoio as toda família austríaca, assim aparentemente todos tinha uma vida muito boa.
Mas, a vida boa não está na estrutura das coisas, mas na estrutura interior. Não está no visível, mas no invisível porém perceptível. Não está na ausência de problemas, mas em como eu lido com cada um deles.
Desta forma, não entenda como algo ruim sua vida em lugares e situações que proporcionam problemas e desafios, encare isso como parte da vida boa, afinal, isso pode ser uma ferramenta pra te aperfeiçoar e te transformar em quem você realmente precisa ser.
5- Einsamkeit | Não dependa de ninguém
Na Áustria a "solidão" (em alemão einsamkeit) é muito grande, quer dizer, estar sozinho é muito comum. A cultura é bem diferente, as vezes eu precisava marcar com 15 dias de antecedência para visitar uma pessoa, no inverno então muitos lugares ficam isolados por causa da neve.
Mas, neste contexto somente quem está com seu mundo interior preenchido consegue viver bem.
No mundo atual, as pessoas constantemente lançam sobre o outro o peso da responsabilidade de se sentirem bem, assim o vício emocional da dependência está aprisionando muitas pessoas. Liberte-se.
*Atenção: Estas lições eu aprendi na época dentro de um contexto, talvez hoje o mesmo lugar esteja completamente diferente. E acredito que esteja principalmente por causa da tecnologia e globalização.
VOCÊ SABIA que desenvolvemos projetos sociais e missionários em muitos países, e foi exatamente nesta época na Áustria que eu comecei a ajudar refugiados do Afeganistão (juto a um amigo Ruben Mooij), e nunca mais parei. Depois da Áustria fui para o Oriente Médio, e desde então ajudo refugiados de vários lugares. Atualmente sou Vice-presidente e Diretor Executivo da Ong Refugio Brasil e até este momento já ajudamos mais de 15 mil refugiados em 12 países diferentes. PARTICIPE e me ajude a ajuda famílias refugiadas no Brasil e em países de difícil acesso.
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